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quarta-feira, 21 de março de 2012

HOMEM SERÁ INDENIZADO PELO ESTADO POR FALHA DO CORPO DE BOMBEIROS DO RS

O Estado Rio Grande do Sul terá de indenizar em R$ 100,9 mil um cidadão que perdeu a esposa e a residência em um incêndio ocorrido em junho de 2008, em Porto Alegre. A determinação é da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que classificou a demora dos bombeiros como omissão do Estado. O atendimento à ocorrência não foi possível porque não havia um caminhão para combater as chamas. A decisão dos desembargadores reformou entendimento do primeiro grau, que não acolheu o pedido de danos morais e materiais. O acórdão é do dia 16 de fevereiro.

O relator do recurso, desembargador Paulo Roberto Lessa Franz, disse que houve omissão do Estado na prestação de seus serviços e que esta contribuiu para o resultado danoso. Afirmou que os bombeiros apenas compareceram ao local depois que um vizinho da vítima, dirigindo seu próprio carro, foi até o batalhão e suplicou por socorro,‘‘tendo os agentes públicos se deslocado em carro particular, sem viatura, mangueira ou quaisquer outros equipamentos para conter o incêndio ou ingressar no local para efetuar o resgate da vítima’’.

Conforme entendimento do relator, deve-se exigir do Estado que possua viatura, dotada de equipamentos de contenção do fogo e salvamento. ‘‘Não basta que os agentes públicos estejam à disposição para os atendimentos de urgência envolvendo os serviços do corpo de bombeiros — imprescindível que possuam meios para atender às ocorrências emergenciais desta natureza. Não há dúvida (...) que a deficiência no atendimento contribuiu para que os prejuízos atingissem maiores proporções, retirando do autor a chance de evitar a queima total de sua residência e, especialmente, de salvar sua esposa’’, disse.

O autor entrou com ação, sustentando que no dia 10 de junho, por volta das 11h, um incêndio consumiu toda a sua residência, inclusive, matando sua esposa. Disse que o Estado agiu com culpa, por manter no Posto dos Bombeiros, distante quatro quarteirões da residência, um caminhão estragado, além de não dispor de equipamen­tos necessários para combate ao fogo. A viatura de outra estação que chegou ao local, meia hora depois do início do incêndio, disse, nada pôde fazer.

Para a satisfação dos danos materiais, pediu o pagamento de um valor correspondente aos bens queimados no incêndio, estimado em pouco mais de R$ 100 mil. Já pela reparação moral, em virtude do sofrimento causado pela perda da esposa, o autor pediu 200 salários-mínimos.

A defesa do Estado arguiu inépcia da inicial e ilegitimidade passiva. No mérito, afirmou que o incêndio decorreu de culpa exclusiva da vítima, afastando a responsabilidade estatal. Ne­gou tenha havido omissão, uma vez que, 10 minutos após receber o chamado, os bombeiros já estavam no local.

Em primeira instância, o juiz de Direito Fernando Carlos Tomasi Diniz, da 7ª Vara da Fazenda Pública, no Foro Central de Porto Alegre, afirmou que acolher a pretensão do autor significa transferir a culpa do particular ao ente público — o que seria um precedente perigoso. "A responsabilidade estatal não tem o alcance que o autor lhe dá. Como ele próprio menciona, cuidando-se de conduta omissiva, a responsabilidade do Estado é subjetiva. Ou seja, deve ser discutida a culpa estatal. A atuação do requerido notadamente na área da segurança pública não é de resultado. A prevalecer o entendimento do requerente, qualquer homicídio acarretaria ao Estado o dever de indenizar. A administração pública não pode assumir tamanho ônus", afirmou o juiz.

Para ele, a responsabilidade subjetiva do ente estatal só subsistiria se ficasse comprovada a inércia na prestação do serviço públi­co. O conjunto probatório, no entanto, a seu ver, não demonstra isso. O juiz também considerou o fato de o laudo pericial não ter conseguido determinar a causa que deu origem ao incêndio. ‘‘Muito provavelmente, tenha sido provocado pela própria vítima’’, anotou o juiz na sentença.

Sobre a demora dos bombeiros, admitiu que viatura da Estação Partenon estava es­tragada. "Nem por isso, transparece a obrigação do réu de indenizar. Veí­culos, sabe-se, estragam. Não há nada sugerindo que o estrago te­nha sido proposital. Por conseguinte, esse fato não evidencia, por si, só o mau funcionamento do serviço público. Claro que, no plano ideal, o re­comendável seria ter uma estação de bombeiros em cada quadra. Infe­lizmente, não se chegou a esse nível de perfeição. Tão logo a corporação soube do sinistro, foi acionado o 1º CBR, que levou 10 minutos para chegar ao endereço do suplicante [autor da ação].’’

Contra essa decisão, o autor interpôs Apelação no Tribunal de Justiça gaúcho. O colegiado condenou o Estado a indenizar metade do valor do funeral da esposa, R$ 912,50, e metade do valor da residência, estimada em R$ 50 mil. Pelo abalo sofrido — ‘‘pois incomensuráveis a dor e o sofrimento suportados pela morte trágica da esposa’’—, fixou o valor da indenização pelo dano moral em R$ 50 mil. As quantias deverão ser corrigidas monetariamente quando do efetivo pagamento. Participaram da sessão de julgamento os desembargadores Túlio Martins e Ivan Balson Araujo.
Fonte: Jomar Martins / Consultor Jurídico


Pela ABOMPEL:  Se isso acontece em Porto alegre que reúne o maior numero de viaturas e equipamentos em uma unica cidade, o que dizer de cidades como Pelotas, que é responsável por 14 municípios além de Pelotas, são em média 540 mil habitantes  sob a responsabilidade dos Bombeiros de Pelotas, o que torna plenamente impossível agir com eficácia em caso de ocorrência nos bairros mais distantes ... quiçá em outros municípios. que, diga-se de passagem recolhem as taxas relativas a prevenção de incêndio para Pelotas.
A negligencia é tanta, que em nossa opinião deveria ser responsabilizado criminalmente o responsável por deixar tão sucateada uma instituição tao importante como a dos Bombeiros !!!


sábado, 10 de março de 2012

Um justo reconhecimento aos nobres Bombeiros !!!


Na semana passada foram condecorados com a medalha ATLÂNTICO SUL, dois excelentes Bombeiros que prestam excelentes serviços a nossa região. o Soldado BORGES (D), figura carismática, de um alevado espirito altruísta, que conta com mais de 20 anos de relevantes serviços prestados a nossa região. E o Tenente MARCELO, atualmente na Escola de Bombeiros, responsável pela operação Golfinho(Pelotas e São Lourenço), que tem se mostrado um excelente companheiro dos Bombeiros de Pelotas.

A ABOMPEL parabeniza essas duas personalidades, bem como suas famílias e agradece o comprometimento destes com a nossa região!!!

Pessoas como vocês é que fazem funcionar instituições precárias !!!

Um forte abraço e o nosso MUITO OBRIGADO !!!!!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE ACIDENTES AGRÁRIOS - CAPACITAÇÃO







            A FEPAGRO SUL (Fundação de Pesquisa Agropecuária do RS) em Parceria com a ABOMPEL realizou nesta semana, nos dias 27, 28 e 29 de fevereiro, curso de capacitação para os seus servidores, servidores das prefeituras de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar (Patrulha agrícola) e trabalhadores rurais.      

            O curso de capacitação a atendimento de vítimas de acidentes agrários que foi realizado na Fepagro-Sul, no 3º Distrito, Domingos Petroline em Rio Grande é parte do programa de capacitação dos servidores da Fepagro que aborda a redução de acidentes em atividades agropecuárias, instruindo e orientando os cursistas sobre legislação aplicada e procedimentos mais adequados no salvamento de vitimados em máquinas e implementos agrícolas.

            O processo de ensino-aprendizagem se concretizou pelas parcerias entre a Fepagro, Abompel, Fire Lopes, FA2 Produções e Ecosul. Toda logística baseada em aulas teórico-práticas, provas, oficinas e simulado possibilitou aos cursistas um ‘aprendizado real’ com uma abordagem dentro do contexto das atividades rurais. Parabéns aos alunos que mostraram envolvimento e responsabilidade com o tema e acima de tudo, com a vontade de trabalhar na prevenção de acidentes rurais.



          A ABOMPEL em sua política de gestão 2012, tem como meta, auxiliar no desenvolvimento sócio econômico e cultural da região, para isso, conta com experientes instrutores que trabalham na divulgação da cultura de prevenção e proteção a acidentes .



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Brasil Urgente RS mostra as péssimas condições de trabalho dos bombeiros da região carbonífera


O Brasil Urgente dos gaúchos denunciou a precária situação do Corpo de Bombeiros de São Jerônimo, na Região Carbonífera. O grupo de 14 homens é responsável por uma área que abrange os municípios de Minas do Leão, Butiá, Arroio dos Ratos, General Câmara e Charqueadas e soma mais de 106 mil moradores. Dos três caminhões da guarnição, um está emprestado à corporação de Camaquã e outro na oficina. O veículo em condições de uso, além de uma pick-up, fica estacionado em um cantinho emprestado pela empresa de transporte coletivo da cidade, e os bombeiros têm como sede uma casa – não um quartel – alugada pela prefeitura.
Reportagem de Ricardo Azeredo
Assista à reportagem:
A situação do Corpo de Bombeiros do RS, não é muito diferente nas demais cidades, principalmente, naquelas que se encontram no interior e que não contam com investimentos das prefeituras através de um fundo de reaparelhamento adequado(FUNREBOM), pois a arrecadação é baixa e a atividade de bombeiro é cara. Até mesmo na capital gaúcha, que será sede da Copa, não tem uma estrutura adequada, estações fechadas, falta de efetivo, viaturas obsoletas, etc.

Por que, atualmente, vivenciamos este tipo de situação?
A resposta é simples, e a solução ainda mais, mas infelizmente devido ao corporativismo e aos interesses individuais de algumas autoridades, a situação de nosso bombeiro ainda perdura. Os problemas que o Corpo de Bombeiros Gaúcho vive é devido ao modelo de gestão obsoleto, que ainda é empregado, a instituição é subordinada a uma força policial: BRIGADA MILITAR, que emprega todos os seus esforços humanos e financeiros na sua atividade primordial:POLICIAMENTO OSTENSIVO, não conseguindo atender a demanda da atividade de bombeiro.
No próximo mês, retornarão as reuniões do Grupo de Trabalho do Governo do Estado, são mais três, para chegarem a um consenso de solucionar a situação crítica em que se encontram os nossos bombeiros. A ABERGS defende a desvinculação da Brigada Militar e a criação do Corpo de Bombeiros Militar do RS aos moldes dos 23 estados que contam hoje com seu Corpo de Bombeiros forte e independente. Acreditamos que o Estado tomará a decisão correta, como tomou no passado, quando criou o DETRAN e o IGP que são modelos para o Brasil.
Não podemos mais deixar tantas cidades gaúchas sem um atendimento adequado e muitas delas sem proteção desta atividade de segurança pública, que ao invés de proteger contra crimes, protegemos-as de outros inimigos da sociedade: as catástrofes e os desastres naturais, que tanto ceifam vidas.
Deixo uma pergunta no ar: Como seria uma Polícia administrada por Bombeiros?

Acompanhem abaixo a reportagem da Revista Emergência que comprova que uma instituição de Bombeiros não pode continuar nessa aberração sem lógica de ser subordinada a uma força policial.

Emancipação fortalece corporações, mas requer expansão do serviço

Data: 06/02/2012 / Fonte: Revista Emergência
Vinte e três anos depois da promulgação da Constituição Federal, quando conquistaram o direito de emancipação, os corpos de bombeiros no Brasil enfrentam novo momento marcante. Propostas em debate podem elevar para 26 o número de corporações independentes - apenas São Paulo não tem, atualmente, debate sobre uma possível separação da PM (Polícia Militar).
Paralelamente ao sonho do comando próprio, além de suas implicações e benefícios, os bombeiros militares enfrentam a evolução de modelos mais praticados fora do Brasil, com bombeiros profissionais, civis e voluntários, que crescem em importância diante do aumento dos desastres naturais e colocam-se como alternativa para atender aos municípios desassistidos pelo Estado.
O exemplo do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul é, talvez, o mais pontual. A instituição, que completará 117 anos em março, aproxima-se da emancipação da Brigada Militar a partir de um grupo de trabalho, estabelecido pelo Governo do Estado, que trabalha na proposta desde junho de 2011.
Com 118 unidades em 95 municípios, a corporação está presente em menos de 20% das cidades gaúchas, embora atue nas mais populosas, indica seu comandante, o coronel Henrique Vanderlei Lampert Silva.
O efetivo de 2.300 homens corresponde a apenas 10% do total da Brigada Militar. Como agravante, no início de 2013, apesar do ingresso de 600 novos bombeiros, há risco de o efetivo ser ainda menor, dada a saída prevista de vários outros militares. A reposição não contínua é insuficiente, alega o comandante.
Além de frear qualquer possibilidade de expansão da cobertura do serviço no Estado, a falta de recursos humanos ainda tem provocado a inoperância e até o fechamento de quartéis. "Não pensei que seria um comandante deste bombeiro fragilizado", lamenta Lampert.

A saída, aponta ele, passa pela emancipação da corporação, mas de forma planejada. "Vamos emancipar os bombeiros? Sim, mas como vamos convencer o Governo a fazer uma inclusão de recursos humanos para o futuro bombeiro emancipado? Temos que nos preparar para o que queremos ser no futuro", diz. "Não podemos ser imaturos achando que vamos ser independentes na semana seguinte à emancipação", completa.
A preocupação de Lampert encontra amparo na opinião do professor e pesquisador Carlos Eduardo Riberi Lobo, doutor em Ciências Sociais e mestre em História Social. Embora considere que uma corporação emancipada tenha maior poder decisório e possa se dedicar à sua função principal, ele alerta que a autonomia e a capacidade de melhoria dos serviços somente irão ocorrer se o Estado investir significativamente no corpo de bombeiros, ou seja, em efetivo, formação, equipamentos e viaturas.
O desafio atual do Rio Grande do Sul já foi enfrentado por 23 corporações que emanciparam-se da PM, algumas de forma consensual, outras litigiosa, geralmente com poucos bombeiros. Em outubro de 1989, Goiás e Mato Grosso do Sul foram as primeiras a conquistar a autonomia, juntando-se a Rio de Janeiro e Distrito Federal, que já nasceram independentes.
Ao lembrar das dificuldades na época, o Comandante-Geral do CBMGO (Corpo de Bombeiros Militar de Goiás), coronel Carlos Helbingen Júnior, cita justamente o desligamento completo da estrutura administrativa da PM, com os bombeiros tendo que executar todos os atos administrativos legais de gestão orçamentário-financeira e de pessoal.
A autonomia, contudo, melhorou os serviços prestados, ampliou a presença dos bombeiros no Estado e auxiliou nos investimentos em veículos, equipamentos e aprimoramento profissional. "Analiso o CBMGO pós-emancipação como uma corporação que nasceu de novo, com muita força e vigor, com um efetivo reduzido que optou voluntariamente pela digna missão de alavancar uma instituição", refere.
Quando da separação, cerca de 600 militares decidiram integrar o CBMGO definitivamente. Hoje, o efetivo chega a 2.564 militares - um crescimento de 320%, mas ainda aquém dos 4.293 previstos em lei. Em 1989, a corporação possuía 12 viaturas, já consideradas obsoletas e ineficientes. Atualmente, a frota chega a 410 veículos de diversas categorias. Também 32 novos municípios passaram a contar com quartéis da corporação desde então.
Conforme Helbingen, o CBMGO está perto de ser beneficiado pela aprovação de uma lei que criará fundo especial específico para a corporação, o que permitirá que as ações e temas estratégicos sejam implementados com a destinação dos recursos necessários para sua execução.
No Espírito Santo, uma solução para as dificuldades iniciais pós-emancipação veio justamente com o Fundo Especial de Reequipamento do Corpo de Bombeiros Militar, criado pela Lei Complementar nº 102, em 1997, ano da desvinculação.
O objetivo, conta o tenente-coronel Carlos Marcelo D`Isep Costa, comandante do 4º BBM (Batalhão de Bombeiros Militar), foi prover recursos financeiros para a nova corporação que, na época, tinha unidades em cinco cidades, hoje está em 11 e tem a previsão de ter quartéis em 16 dos 78 municípios capixabas até 2014. Já o efetivo saltou de 560 para 1.200 bombeiros.
 
Pressão
Em um período de dez anos pós-Constituição, 15 corporações emanciparam-se. Algumas só concretizaram a separação após superarem a pressão contrária inicial. No Ceará, em 1988, uma reunião com o Subcomandante Geral da PM buscou esvaziar a pretensão, relata o coronel bombeiro da reserva José Ananias Duarte Frota, ex-comandante-geral no Estado e presidente da Ligabom (Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil) de 2005 a 2006. A autonomia acabou conquistada dois anos depois.
No Espírito Santo, o movimento dos bombeiros também foi duramente combatido pela cúpula da PM a partir de 1989, revela o tenente-coronel D`Isep. Ele relata ter testemunhado ameaças de punição aos bombeiros para minar as tentativas de emancipação, alcançada após oito anos.
Entretanto, em 1995, quando o processo de emancipação começou a desenvolver-se, um grupo de oficiais da PM idealizou o projeto "P3M - Rumo ao Terceiro Milênio" que incluía, em um subprojeto, a separação das atividades policiais das de bombeiros.
Conhecendo o histórico enfrentado pelos colegas, Lampert quer garantir a autonomia, aproveitando o bom momento da relação com a Brigada Militar, cujo comando tem permitido concessões importantes aos bombeiros, ao contrário de interferências sofridas em anos anteriores. "Os bombeiros não podem mais ficar à mercê do humor de um comandante-geral", justifica.
Um grupo de trabalho foi estabelecido internamente pelo comando dos bombeiros gaúchos, em paralelo ao proposto pelo Governo estadual. Segundo Lampert, a história da separação e os 13 anos de autonomia do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais vêm sendo considerados como o exemplo mais próximo da realidade no Rio Grande do Sul.
Reportagem de Rafael Geyger

Leia a matéria completa na edição de fevereiro da Revista Emergência
Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom
Revista Emergência: Edição Fevereiro

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

bárbarie sem limites!

Polícia investiga morte de 37 cães em abrigo em São Francisco de Assis

Associação que recolhe animais de rua contava com mais de 90 cães


Polícia investiga morte de 37 cães em abrigo em São Francisco de Assis Jeremias Izaguirre de Oliveira/Leitor-Repórter
Suspeita da polícia é que cães tenham sido envenenados Foto: Jeremias Izaguirre de Oliveira / Leitor-Repórter
A Polícia Civil de São Francisco de Assis, na Fronteira Oeste, investiga a morte de 37 cachorros da Associação Assisense Protetora dos Animais (Aapa). O dono da entidade que recolhe cães de rua, Angelo Lamberty, 48 anos, diz que as mortes teriam acontecido durante a madrugada de terça-feira no município, e foram percebidas por funcionários na manhã do dia seguinte.

Conforme ele, a Aapa, que existe há um ano e recebe recursos da prefeitura, contava com mais de 90 cães, entre filhotes e adultos. Lamberty acredita que os animais tenham sido envenenados com estricnina, um tipo de pesticida bastante usado para combater ratos, devido as características físicas em que os animais foram encontrados. Um dos cães foi recolhido e encaminhado pela prefeitura para análise em Porto Alegre.

— É uma crueldade o que fizeram. Sobrou só uns 50 animais — disse.

O dono da entidade disse ainda que no ano passado, outros 30 cães também foram mortos com veneno. Por isso, a suspeita da polícia é de que a ocorrência tenha envolvimento de vizinhos das proximidades da associação.
DIÁRIO DE SANTA MARIA