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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Defasagem na BM e a maior desde 1975


Defasagem na BM é a maior desde 1975 Mauro Vieira/Agencia RBS
Porto Alegre tem 2,5 mil policiaisFoto: Mauro Vieira / Agencia RBS




Com uma tropa de 21,8 mil policiais militares, a Brigada Militar registra a maior carência em relação ao número de PMs previsto em 37 anos


Com 13 mil PMs a menos, a Brigada Militar amarga atualmente uma defasagem de 37,4% em seu efetivo, a maior em 37 anos. Se o quadro funcional fosse preenchido, cada município gaúcho poderia receber 26 novos policiais. Parece pouco, mas 85% das cidades gaúchas, aquelas com menos de 25 mil habitantes, são guarnecidas por menos da metade desse número de PMs.
A tropa hoje é formada por 21.813 PMs, número semelhante ao existente no início dos anos 80. Enquanto isso, a população gaúcha cresceu 38,9% entre os anos de 1980 e 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A escassez de policiais acaba por atingir Interior e Capital de forma distinta. Enquanto moradores de pequenos municípios passaram a temer os assaltos a banco com explosivos — 10 dos 18 ataques neste ano ocorreram em cidades com menos de 25 mil habitantes —, em Porto Alegre, o déficit de PMs torna difícil encontrá-los nas ruas (veja matéria na página ao lado). Para o comandante-geral da corporação, coronel Sérgio de Abreu, no entanto, o que há é uma distribuição da tropa a partir de dados estatísticos que revelam como os criminosos atuam.
— Não temos como colocar um PM em cada esquina, o que fizemos é trabalhar nas ruas a partir do trabalho prévio feito pela nossa área de inteligência que mapeia locais, horários e tipos de ação — explica o oficial.
Apesar de parte da distorção estar sendo amenizada com o ingresso de 2,5 mil PMs que passam agora por treinamento nos batalhões e devem ir para as ruas em 2013, a defasagem entre o efetivo existente e o previsto ainda será superior a 10 mil policiais. O reforço de pessoal levará a corporação a um quadro funcional semelhante ao que a Brigada tinha nos anos 90.
— São soldados que irão diretamente para o policiamento na rua — argumenta o comandante-geral da corporação.
Porto Alegre tem 2,5 mil policiais
Não bastasse a falta de pessoal, o policiamento ostensivo tem ainda perdido PMs para outras atividades. Além de cerca de 400 policiais que estariam cedidos a instituições como Ministério Público, Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa, outros mil policiais atuariam nos presídios, e 420 estariam vinculados apenas a funções administrativas em Porto Alegre. Um número alto se levado em consideração que a Capital conta com 2,5 mil PMs para cuidar das ruas onde vivem 1,4 milhão de gaúchos.
— Quem está no policiamento fica sobrecarregado, estressado, pois tem uma área a cobrir maior do que deveria. Sem falar que o poder de reação é menor. O que vai fazer um PM a pé sozinho? E, no interior, onde cidades estão sendo atacadas, a situação é pior, pois não há reforço — avalia o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Leonel Lucas.
Com a previsão de perda anual de mais 600 a 800 PMs em decorrência de aposentadorias, o comando planeja novos concursos nos próximos anos para evitar que o impacto dessa nova leva de policiais, que chega às ruas em abril, não seja reduzido pelo egresso de policiais mais velhos.
Entre as alternativas paliativas de curto prazo estão a contratação de PMs temporários, o pagamento de gratificação adicional para manter no quadro PMs que já poderiam ir para a reserva, e o aumento do Corpo Voluntário de Militares (CVMI), que atua em escolas e repartições do Estado.
Atualmente são 831 temporários e 1.805 no corpo de voluntários. Outros 1,3 mil policiais retardaram a aposentadoria para receber a gratificação de permanência.
A incursão por 18 pontos da Capital
ZH percorreu 72 quilômetros na Capital para contar quantos PMs havia nas ruas. Durante as oito horas do teste, distribuídas em dois dias, foram vistos cerca de 40 policiais, a maioria no interior das oito viaturas flagradas pela reportagem.
Apesar de o teste não ter rigor científico, a incursão evidencia a escassez de policiais na Capital. Na madrugada, por exemplo, não foram vistos PMs a pé, mesmo em locais como o Largo Glênio Peres, no Centro. Ao final da tarde, quando milhares de pessoas se enfileiravam à espera de ônibus na Salgado Filho, nenhum PM foi visto na avenida.
A região central da cidade não é a única a carecer de PMs. Na madrugada de terça-feira, depois de percorrer em duas horas os 18 pontos selecionados, foram encontradas no percurso de 36 quilômetros quatro viaturas em patrulhamento. Curiosamente, as madrugadas são o horário de maior incidência de roubos de veículos na Capital, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública.
Ao repetir o teste na tarde de quarta-feira, véspera de feriadão, a reportagem não encontrou nenhum policial em duas das principais avenidas de acesso à Zona Sul – Padre Cacique e Wenceslau Escobar. O mesmo ocorreu na Carlos Gomes e na Goethe. Após refazer o percurso em seis horas, a reportagem encontrou sete PMs a pé, quatro em motos, dois a cavalo e outros em quatro viaturas.
O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio de Abreu, questionou os critérios adotados pela reportagem. O oficial argumentou que o fato de os PMs não terem sido vistos em um dado momento não significa que não estavam na região.
– Em algumas regiões, como o Centro, também contamos com monitoramento por câmeras que nos ajudam no policiamento – pondera o comandante-geral.
francisco.amorim@zerohora.com.br
leticia.costa@zerohora.com.br

Pelo Blog: Se os Bombeiros ainda fazem parte da BM, e, tem em média 10% do efetivo , imaginem o tamanho da defasagem nos Bombeiros!!! 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Os Subversivos do Século XXI


Ser policial militar e ao mesmo tempo possuir um blog para levar informações aos demais profissionais da área é bastante difícil. Mas isto só acontece com os militares.


Perseguição, transferência e procedimentos administrativos são bastante utilizados com os profissionais que apenas expõe uma opinião sobre algum tipo de ideias, atitudes ou acontecimentos.

Seria isto uma forma de censura? Lógico que sim! Pois são poucos os policiais militares que se identificam ao expor um pensamento.

Isso ocorre devido ao regime militar que é bastante arcaico e opressor, regime este que é resquício da ditadura militar existente no Brasil na década de 60 e 70, quando pessoas eram proibidas de expor os seus pensamentos, principalmente quando eram opositoras a ditadura.

Resumindo, na época da ditadura militar os políticos, jornalista e professores eram perseguidos ao expor o pensamento. Atualmente é a vez dos militares serem perseguidos por expor o pensamento.

Felizmente esta perseguição não é bastante forte, por ser garantido na Constituição Brasileira o direito a liberdade de expressão e liberdade de imprensa. Mas mesmo assim a perseguição continua existindo.

E sua existência ocorre devido não ter havido uma adequação da legislação militar aos direitos consagrados na Constituição Federal.

Enquanto não houver essa adequação, policiais militares serão perseguidos ou penalizados arbitrariamente de alguma forma! Isto tem que acabar!

LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO BRASIL

Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral.

Ou seja, a liberdade de expressão é um direito de cidadania.


A Constituição Brasileira estabelece no artigo 5º que:

“todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...” 

Vejamos a seguir o dizem alguns incisos deste mesmo artigo:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

No artigo 220, da Constituição Federal, está exposto que:

“A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição...”

E em seu parágrafo 2º, diz:

“É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Alguém tem alguma dúvida sobre o que significa liberdade de expressão?


Fonte: Blog do Sgt Ricardo


Pelo Blog:  É inadmissível que em pleno século XXI algumas pessoas ainda pensem assim, e, deplorável que isso ainda afete nosso meio, formado em sua grande maioria por profissionais, é muito arriscado que ainda ousemos a formar profissionais com pensamento submisso a espelho do que acontecia antigamente, afrontando gravemente o princípio da eficiência previsto em nossa Constituição Federal  de 1988, precisamos formar lideres, que tenham atitude e que consigam resolver situações difíceis com as quais nos deparamos diuturnamente, pois o incêndio só se apaga sozinho depois de causar sérios danos.