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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Direto do front!

Quando deslocava com meu filho para uma praia em Florianópolis, deparei-me com esse acidente. Houve uma perseguição e o carro que fugia colidiu contra outro que estava em sentido contrário. Um óbito e uma vítima politraumatizada. Dezenas de pessoas se aglomeravam para ver de perto o sangue escorrendo pelas ferragens. Na fila de carros que se formou, dezenas buzinavam impacientes. Queriam passar. Que se dane quem morreu !!!! E a cada momento um quase acidente pela impaciência de alguns e distração de outros. E nesse cenário, atuando anonimamente, levando apenas o nome de duas instituições... Os verdadeiros heróis. Heróis de si mesmos pois, são menos importantes que qualquer time de futebol por menor que seja. São menos importantes que qualquer BBB por menos tempo que participem. E alí, a verdadeira prova de líderes no teatro cruel das ruas. A prova é vencer o tempo mesmo com os riscos para a própria saúde e muitas vezes à própria vida pois,  não há prêmios nem recompensas, muito menos imunidade.




Por: Francisco Rogério Farias 


Fotos:  Rafael Yost Farias

3 comentários:

  1. eu não entendo a vontade popular de ser expectador da desgraça alheia! tão-pouco entendo os critérios utilizados pra seleção de quem seja um 'herói'. bela crítica. parabéns!!

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    1. Pois é cara, é aquela questão dos valores que a sociedade define como relevantes. Acredito, que isso é dolosamente provocado. A Alienação é instigada para provocar justamente essa confusão de modelos que deveriam ser realmente valorizados. Profissionais da saúde, professores, policiais, são descartáveis nesse contexto. São apenas o meio e não o fim de nada.
      Quanto ao sangue alheio, as pessoas acreditam na imortalidade do homem e quando ficam de frente com a dor e com a morte elas ficam em choque. "nossa, realmente morremos". "Tá, e para aonde vamos?" Essa é a estúpida e próxima pergunta que surge.
      Se o homem tivesse a consciência e a educação necessária, os indices de acidentes nas estradas por imprudência, os duelos de torcidas no futebol, os bêbados compulsivos dos volantes diminuiriam. Não te parece?

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  2. certamente, a consciência e a educação diminuiriam essas estatísticas, mas, não sem antes, vierem acompanhadas da mea culpa... eu acho.

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