Pouco mais de um mês após o término da onda de queimas de pneus e ameaças de explosão de bombas deflagradas por policiais militares gaúchos, agora os ânimos se incendiaram no alto escalão da Polícia Civil.
No sábado, os delegados desencadearam um movimento que estão acostumados a sufocar: uma rebelião.
O clima de insatisfação com salários e condições de trabalho transbordou em assembleia da Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep). A proposta do governo de 10% de reajuste, a ser pago em duas parcelas (em janeiro e em abril), foi rechaçada.
Além disso, foi anunciada uma série de boicotes, que inclui a entrega de todos os cargos de chefia e a recusa de participar de grandes operações.
Mais de 300 delegados estiveram na assembleia, num universo de cerca de 500 que estão na ativa.
A categoria exige vencimentos equiparados aos dos procuradores do Estado, que, segundo a Asdep, têm salário inicial superior em mais de duas vezes ao dos delegados em começo de carreira (cerca de R$ 7 mil), uma discussão antiga.
Caso não sejam atendidos, os delegados ameaçam adotar medidas drásticas, como se recusar a participar dos mutirões de investigações de homicídios e de operações.
Agora senhores, vamos ver como será o nível das discussões entre o governo e os delegados. Vai o governo aceitar a pressão? Parece que migalhas os senhores delegados não vão aceitar. Qual será o tamanho da força deles perante o governo e a sociedade? Uma paralização de todo o contigente da PC deixaria o RS sem segurança pública ou a BM supriria tamanha falta? E esperar para ver quem tem o maior braço...
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