Segunda-feira, foi realizada na Câmara Municipal de Rio Grande, audiência pública proposta pelos senhores vereadores Clênio Fagundes-"Galinho" (PT), Claudio Costa (PT), Augusto Cesar (PDT) e Luiz Francisco Spotorno (PT) para tratar sobre a desvinculação do corpo de bombeiros da Brigada Militar. Participaram da mesa do debate, os representantes da ABERGS, Ubirajara Pereira Ramos, da ABOMPEL, Paulo Fernando Boldt Júnior, o senhor Deputado Federal. Alexandre Lindemayer (PT-RS), o vereador Augusto Cesar, o representante do executivo municipal, senhor Edes Cunha e representado a Brigada Militar o Coronel Flavio Lopes cmt CRPO-SUL, presidiu a mesa o senhor vereador Renato Albuquerque (PMDB). Estiveram presentes também, o senhor vereador Diaroni dos Santos (PT), o senhor Sérgio Bandeira, presidente da ABRG e o coordenador geral adjunto da ABERGS Florisbelo Adão Dutra.
A primeira vista, constatamos a presença em grande número do efetivo dos bombeiros de Rio Grande. Pessoas interessadas no futuro da corporação e com um olhar bastante crítico, sobretudo, no que tange a administração dos bombeiros na gestão BM. Por que administração da BM? Por que os Bombeiros não pertencem a Brigada Militar. Estamos incorporados a BM por um decreto estadual que data de 1935, lembrem-se disso! Somos Bombeiros independentes, sim!
Segundo aspecto: O executivo municipal, representado pelo secretário Edes Cunha demonstrou total despreparo para a questão. Com uma abordagem negligente e despreocupada, disse, o dito secretário, que a segurança pública não é problema do governo municipal e que esse assunto, desvinculação, não é de interesse do executivo de Rio Grande. Faltou lembrar a esse representade do paço municipal, que segurança pública é sim é dever do estado e preocupação de todos, princípio, inclusive, insculpido na Constituição Federal, ao que pareceu-nos desconhecer tal ordenamento, o senhor secretário. Também chama atenção nas palavras do senhor secretário é a falta de memória. Não faz muitos anos, a prefeitura de Rio Grande foi vítima de grande incêndio, o qual destruiu parte dos gabinetes do excelentíssimo senhor prefeito e do seu vice. Tal sinistro, foi veiculado pelas mídias de todo pais e tratado pelo próprio prefeito à época, como despreparo dos bombeiros, que contavam com equipamentos ralos e materiais sem condições de uso, (mangueiras furadas, pouco caminhões, falta de água...).
Já o legislativo, mostrou-se bastante interessado na questão desvinculação. Após a excelente apresentação do colega Ubirajara, presidente da ABERGS, o qual demonstrou faticamente o caos e a situação deplorável que encontram-se os bombeiros no RS, os senhores vereadores explanaram palavras de apoio ao movimento de desvinculação e inclusive propuseram-se a assinar uma moção ao senhor governador Tarso Genro, requerendo celeridade ao processo. Representando o legislativo federal,o deputado Alexandre Lindemayer (PT-RS)reiterou a importância do tema para o Partido dos Trabalhadores, lembrando que essa luta já fora iniciada no próprio governo PT em 2000.(lembremos que de lá para cá nada mudou!)
O representante da Brigada Militar, coronel Flavio Lopes, pontuou aos presentes que os bombeiros devem muito a Brigada Militar. A história mostra isso, segundo ele. "Não devemos diabolizar a Brigada Militar" lembrou o coronel, que essa luta não é contra a brigada e sim a favor da democracia. Reiterou que grande parte dos oficiais da BM apoiam o movimento democrático de desvinculação e esperam que isso venha a trazer frutos benéficos para a sociedade.
Por fim, na abertura dos questionamentos à mesa, vale destacar, o emocionado, mas não menos claro e preciso, depoimento da colega bombeira Jéssica, a qual trouxe aos participantes, pequeno relato sobre a situação caótica do quartel de bombeiros do centro de Rio Grande, (material deficitário, caminhões inadequados, pouco efetivo). Corroborou as suas palavras, o colega bombeiro Waldenir, informando a situação dos quartéis do trevo e do cassino. Problemas reflexos aos da nossa cidade de Pelotas.
Ao fim e ao cabo, foi importante a audiência pública, na noite de segunda-feira, para assim entendermos o posicionamento das pessoas que irão movimentar o processo de desvinculação dos bombeiros da BM. Esperamos a continuidade dessas audiências e a maior atenção do nosso público interessado, bombeiros e sociedade civil, para que esse movimento não se perca não mundo das palavras e das ideias.
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