Revolta dos bombeiros no Rio lança alerta para repetição de atos de vandalismo no país
Cenas de selvageria protagonizadas por manifestantes durante o final de semana surpreenderam a população brasileira
Marcelo Gonzatto | marcelo.gonzatto@zerohora.com.br
A invasão do quartel central do Corpo de Bombeiros no Rio de Janeiro e o confronto que levou à prisão de 439 militares revoltosos deixaram resquícios como portas arrombadas, despensas saqueadas, carros com marcas de bala e pneus furados.
O episódio lança um alerta em todo o Brasil para a repetição dos atos de insubordinação que podem deixar a população desamparada.
Um levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, à qual o Corpo de Bombeiros está subordinado, indicou que nem mesmo alimentos estocados na padaria, na despensa e na cozinha do quartel escaparam ao descontrole dos manifestantes.
O cenário insólito para uma instalação militar foi o saldo da invasão protagonizada por cerca de 2 mil bombeiros, mulheres e familiares – incluindo crianças.
Em protesto pelos baixos salários, e com a ambição de elevar o piso da categoria de R$ 950 para R$ 2 mil, homens acostumados a evitar danos acabaram por provocá-los.
A ocupação, que ainda impediu a saída de veículos para atender a ocorrências, teve fim somente quando homens Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) tomaram o quartel de assalto.
Em entrevista, no sábado, e em uma nota emitida no domingo, Sérgio Cabral criticou duramente os bombeiros envolvidos no protesto. Inicialmente, chamou-os de “vândalos” e “irresponsáveis”.
No domingo, por escrito, rebateu as afirmações de líderes do movimento de que se tratava de uma ação pacífica:
— Esse grupo qualificou de “manifestação pacífica” a invasão para a qual levou crianças junto a marretas, utilizadas em agressões. Ninguém planeja levar marretas para “manifestações pacíficas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário