Bombeiros comemoram liberdade de companheiros com festa e oração
Rio - Momentos de alívio e felicidade em meio à crise. Bombeiros acampados em frente à Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), nesta sexta-feira, comemoraram a liberdade dos 439 companheiros presos com muita festa e orações. Os militares receberam habeas corpus, na madrugada de hoje, depois que o desembargador Cláudio Brandão considerou que 'as prisões não mais se justificavam'.
Os bombeiros receberam a notícia que a Justiça havia ordenado a liberdade de seus companheiros quando se preparavam para receber outros manifestantes na Alerj, já que uma assembléia estava marcada para esta sexta-feira. Ao saber do ocorrido, ele se abraçaram e fizeram uma oração. Outros fizeram flexões no chão como forma de demonstrar a alegria que sentiam.
Liderança do movimento ainda não definiu transporte de presos
Um dos líderes do movimento, o cabo Laércio Soares, do 2º Gmar da Barra da Tijuca, afirmou que ainda não foi definido como os bombeiros que estavam presos no quartel de Charitas, em Niterói, chegarão à Alerj. A possibilidade de transportar os militares de ônibus já foi descartada.
A forma mais aceita até o momento é realizar o deslocamento dos bombeiros pelas barcas. "Acho mais viável que eles (bombeiros) venham de barcas e marchem até a Alerj", disse Laércio.
O habeas corpus que concedeu a liberdade aos bombeiros foi obtido por parlamentares da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados - os responsáveis foram os deputados Alessandro Molon (PT-RJ), Dr. Aluízio (PV-RJ) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP).
Denúncia de PMs impedidos de trabalhar por apoiar o movimento
Nesta sexta-feira, policiais militares, que não quiseram se identificar, fizeram denúncias de que estão sendo impedidos de trabalhar caso demonstrem solidariedade ao movimento por libertação e melhores condições salariais ao Corpo de Bombeiros. O problema acontece especialmente no Batalhão de Choque.
Em solidariedade aos bombeiros, muitos policiais foram trabalhar com camisas vermelhas ou faixas da mesma cor colocadas nas fardas. De acordo com as denúncias, o coronel Rocha, do Batalhão de Choque teria impedido a saída destes PMs para o trabalho nas ruas.
Vídeo: Bombeiros recebem a notícia da soltura e comemoram:
"Fomos impedidos de sair do quartel pelo coronel Rocha, do Choque. Não pudemos sair pelo simples fato de estarmos de camisas ou acessórios vermelhos, indicando que apoiamos o movimento dos bombeiros. Cheguei às 8h e ainda estou aqui", disse um PM à Rádio Band News.
Parentes de policiais militares também fizeram denúncias de que os PMs não podem deixar os quartéis para trabalhar. Na quinta-feira, o comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio, pediu que os militares evitassem colocar faixas vermelhas em solidariedade aos bombeiros.
A PM declarou que apenas pediu que os bombeiros não deixassem os quartéis com camisas ou faixas vermelhas e que os mesmos, aproximadamente 30, alegaram que não tinham outras blusas para vestir. A corporação informou que todos foram liberados.
Mário Sérgio esteve no Batalhão de Choque na quinta-feira e orientou a tropa a não ostentar fitas vermelhas distribuídas por bombeiros na farda ou nas viaturas como muitos têm feito.
Reajuste de 5,58% oferecido pelo governo
Pressionado pelo movimento dos bombeiros, o governo anunciou, na quinta-feira, a antecipação do reajuste de 5,58% nos salários da categoria, dos agentes penitenciários e policiais civis e militares. A medida representa R$ 78,18 no contracheque do soldado solteiro e sem filhos — vencimentos passam de R$ 1.187, 37 para R$ 1.265,55, já com as gratificações. E R$ 82,49 a mais se tiver dependentes — de R$ 1.414 para R$ 1.496,49. Os militares continuam irredutíveis: não há acordo sem a soltura dos 439 presos.
O reajuste estava parcelado em 1% ao mês até dezembro de 2014. A medida acumula o percentual previsto entre julho e dezembro. O novo salário começa a valer em julho e será pago em agosto. Até dezembro, o valor é o mesmo. A partir de janeiro, volta a incidir 1% sobre os vencimentos.
No quartel de Charitas, em Niterói, o aumento foi recebido com ironia pelos presos. Perfilados, mandaram recado ao governo: “Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, cidade maravilhosa, pior salário do Brasil!”.
Os bombeiros receberam a notícia que a Justiça havia ordenado a liberdade de seus companheiros quando se preparavam para receber outros manifestantes na Alerj, já que uma assembléia estava marcada para esta sexta-feira. Ao saber do ocorrido, ele se abraçaram e fizeram uma oração. Outros fizeram flexões no chão como forma de demonstrar a alegria que sentiam.
Bombeiros comemoraram a notícia da soltura com festa na Alerj | Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia
Aproximadamente 30 policiais civis também estão na Alerj para apoiar os bombeiros. Representantes das associações de soldados e cabos da Polícia Militar e da Polícia Civil também prestam seu apoio ao movimento.Liderança do movimento ainda não definiu transporte de presos
Um dos líderes do movimento, o cabo Laércio Soares, do 2º Gmar da Barra da Tijuca, afirmou que ainda não foi definido como os bombeiros que estavam presos no quartel de Charitas, em Niterói, chegarão à Alerj. A possibilidade de transportar os militares de ônibus já foi descartada.
A forma mais aceita até o momento é realizar o deslocamento dos bombeiros pelas barcas. "Acho mais viável que eles (bombeiros) venham de barcas e marchem até a Alerj", disse Laércio.
O habeas corpus que concedeu a liberdade aos bombeiros foi obtido por parlamentares da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados - os responsáveis foram os deputados Alessandro Molon (PT-RJ), Dr. Aluízio (PV-RJ) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP).
Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia
"Nós estamos muito felizes (com a liberdade dos bombeiros). Eu e os deputados Protógenes Queiroz e Dr. Aluízio estamos contribuindo para o fim desta crise que estava deixando a nossa cidade em um estado complicado. A manutenção da prisão estaria colocando em risco a ordem pública e isso poderia desestabilizar as coisas por aqui e em outros estados, que já começavam a se mobilizar. Espero continuar contribuindo para um Rio e um Brasil melhores", disse o deputado Alessandro Molon à Rádio Band News.Denúncia de PMs impedidos de trabalhar por apoiar o movimento
Nesta sexta-feira, policiais militares, que não quiseram se identificar, fizeram denúncias de que estão sendo impedidos de trabalhar caso demonstrem solidariedade ao movimento por libertação e melhores condições salariais ao Corpo de Bombeiros. O problema acontece especialmente no Batalhão de Choque.
Em solidariedade aos bombeiros, muitos policiais foram trabalhar com camisas vermelhas ou faixas da mesma cor colocadas nas fardas. De acordo com as denúncias, o coronel Rocha, do Batalhão de Choque teria impedido a saída destes PMs para o trabalho nas ruas.
Vídeo: Bombeiros recebem a notícia da soltura e comemoram:
"Fomos impedidos de sair do quartel pelo coronel Rocha, do Choque. Não pudemos sair pelo simples fato de estarmos de camisas ou acessórios vermelhos, indicando que apoiamos o movimento dos bombeiros. Cheguei às 8h e ainda estou aqui", disse um PM à Rádio Band News.
Parentes de policiais militares também fizeram denúncias de que os PMs não podem deixar os quartéis para trabalhar. Na quinta-feira, o comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio, pediu que os militares evitassem colocar faixas vermelhas em solidariedade aos bombeiros.
A PM declarou que apenas pediu que os bombeiros não deixassem os quartéis com camisas ou faixas vermelhas e que os mesmos, aproximadamente 30, alegaram que não tinham outras blusas para vestir. A corporação informou que todos foram liberados.
Mário Sérgio esteve no Batalhão de Choque na quinta-feira e orientou a tropa a não ostentar fitas vermelhas distribuídas por bombeiros na farda ou nas viaturas como muitos têm feito.
Reajuste de 5,58% oferecido pelo governo
Pressionado pelo movimento dos bombeiros, o governo anunciou, na quinta-feira, a antecipação do reajuste de 5,58% nos salários da categoria, dos agentes penitenciários e policiais civis e militares. A medida representa R$ 78,18 no contracheque do soldado solteiro e sem filhos — vencimentos passam de R$ 1.187, 37 para R$ 1.265,55, já com as gratificações. E R$ 82,49 a mais se tiver dependentes — de R$ 1.414 para R$ 1.496,49. Os militares continuam irredutíveis: não há acordo sem a soltura dos 439 presos.
O reajuste estava parcelado em 1% ao mês até dezembro de 2014. A medida acumula o percentual previsto entre julho e dezembro. O novo salário começa a valer em julho e será pago em agosto. Até dezembro, o valor é o mesmo. A partir de janeiro, volta a incidir 1% sobre os vencimentos.
No quartel de Charitas, em Niterói, o aumento foi recebido com ironia pelos presos. Perfilados, mandaram recado ao governo: “Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, cidade maravilhosa, pior salário do Brasil!”.
Reportagem: Felipe Freire, Francisco Edson Alves e Marcio Reis
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