Atenção

O Blog da ABOMPEL é um espaço para ser utilizado de forma consciente, responsável e democrática.

sábado, 26 de maio de 2012

QUEM CUIDA DA MENTE DO POLICIAL?

depressaoA famosa citação do poeta romano Juvenal “Mens sana in corpore sano” (uma mente sã num corpo são), tem dado margem a uma série de interpretações, vulgarizadas, inclusive, pelo seu uso repetido. O entendimento mais comum é o de que devemos viver de tal forma que haja um equilíbrio entre a mente e o corpo, caso contrário, as mazelas que esta sofrer, serão expressas através de doenças psicossomáticas às mais variadas. (…)
O fato de ser policial, representante legítimo do poder do Estado, numa sociedade chafurdada na violência e na criminalidade, já é, por si só, gerador de pressões. Junte-se a isso, alguma outras
características de nossa profissão, tais como o fato de, em frações de segundos, ter que decidir se aperta ou não o gatilho de uma arma, assumindo as consequências diversas dessa atitude; a vivência de uma relação hierárquica de poder, muitas vezes conturbada e dissonante com o ideal; o ter que acompanhar situações envolvendo estupros, mortes violentas, acidentes fatais, visualizando cenas deprimentes ou participando de resgates de corpos humanos, entre tantas outras atividades, que podem levar o cidadão policial a sofrer os danos psicológicos dessas pressões.
Por vezes, temos notícias trágicas de policiais que cometem suicídio ou que estão passando transtornos diversos, desde sintomas de depressão, até situações mais graves, onde há a necessidade de intervenções psiquiátricas, uso contínuo de substâncias químicas e outros tratamentos, chegando mesmo a internações compulsórias, em estados mais avançados.
Embora não conheça pesquisas que possam balizar com números estatísticos as afirmações aqui elencadas, parece-nos que tem sido crescente o índice de policiais acometidos das enfermidades da mente, e que, por falta de atenção e estrutura de nossas Corporações, são meramente encaminhados para as Juntas Médicas de Saúde, que, apenas avaliam e concedem o afastamento do profissional, no entanto, sem nenhum acompanhamento, sem buscar o seu histórico, a sua condição familiar… Afastado do serviço, muitas vezes os sintomas da doença tendem a piorar, e o profissional que servia à sociedade “mesmo com o risco da própria vida”, passa à situação de “abandonado à própria sorte”.
É urgente pensarmos neste assunto, se quisermos um policial mais preparado para enfrentar as pressões e dilemas de uma profissão tão complexa como complexa é a mente humana.
Além de apoiar e acompanhar o policial que esteja acometido de qualquer enfermidade da alma, é preciso que as Corporações contratem profissionais gabaritados para uma consultoria e, após um levantamento minucioso das situações, proponham ferramentas, debates, oficinas, que tenham por foco a prevenção e a promoção da saúde mental de cada policial, a fim de que possamos, parodiando o poeta, ter um policial são em uma Corporação sã.
Escrito por  - é Capitão da PMBA, e publicado no Abordagem Policial
Fonte: Blog do Cabo Júlio

sábado, 19 de maio de 2012



Simulação de acidente mobiliza 200 pessoas no aeroporto Salgado Filho, na Capital


Uma simulação de acidente aéreo mobilizou cerca de 200 pessoas na tarde desta sexta-feira no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. O chamado Exercício de Emergência Aeronáutica Completo (Exeac) é realizado anualmente e busca avaliar o plano de emergências do aeroporto, as medidas de salvamento e resgate disponíveis e o tempo de resposta das instituições envolvidas, como Samu, EPTC, Brigada Militar, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, entre outras. 


O exercício simulou um acidente ocorrido às 15h, com uma aeronave com 40 pessoas a bordo, — 37 passageiros e três tripulantes. Depois de tocar o solo em grande velocidade, o piloto perde o controle do avião, que sai da pista e pega fogo. O trabalho contou também com a participação do corpo de voluntários de emergências do aeroporto e todos os atendimentos realizados durante a simulação foram em tempo real.
As equipes do Samu, por exemplo, foram acionadas às 15h12min e chegaram ao aeroporto às 15h16min. A primeira ambulância chegou à cena do acidente às 15h18mins. A ação do Samu no local, incluindo atendimento, triagem e retirada de todas as vítimas levou 40min47s. 


O Samu também acionou a sala de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde, envolvendo médicos, telefonistas e radio-operadores. As vítimas foram encaminhadas ao hospitais de Pronto-Socorro (HPS) e ao Cristo Redentor, referências no atendimento a traumas na Capital.
Outros serviços de emergência também participaram da atividade, entre eles Ecco-Salva, Urgente, Anjos do Asfalto, Hospital da Aeronáutica de Canoas e Samu Metropolitano, Base de Canoas.
Fonte: Zero horaFoto: Jefferson Botega, Agência RBS

Pelo Blog: Em Pelotas NÃO EXISTE plano de emergência, mesmo estando na iminência de receber vôos interestaduais e até internacionais, nada foi providenciado nesse sentido, pois a cada exercício simulado pelas forças de segurança pública se constata que nossa estrutura não suporta um grande evento catastrófico. será que teremos que aprender do pior jeito??