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terça-feira, 26 de abril de 2011

Utilidade Pública!!!

Olá pessoal: resumimos as novas resoluções apresentadas pela American Heart Association (AHA) em 2010. Vale a pena conferir.

  PRIMEIROS SOCORROS

As Diretrizes 2010 de Primeiros Socorros foram, mais uma
vez, desenvolvidas pela American Heart Association (AHA) em
conjunto com a Cruz Vermelha Americana (ARC, American Red
Cross). As Diretrizes da AHA/ARC 2010 para Primeiros Socorros
se baseiam em planilhas (revisões atualizadas da literatura)
sobre tópicos selecionados, sob os auspícios de um Conselho
Consultivo Internacional em Ciência dos Primeiros Socorros,
composto por 30 organizações de primeiros socorros;
este processo é diferente daquele usado para o Consenso
Internacional da ILCOR.
 
Para os objetivos das Diretrizes da AHA/ARC 2010 para
Primeiros Socorros, o Conselho Consultivo em Ciência de
Primeiros Socorros definiu os primeiros socorros como as
avaliações e intervenções que podem ser realizadas por uma
pessoa presente (ou pela vítima) com equipamento médico
mínimo ou absolutamente nenhum. Define-se o 
prestador deprimeiros socorros 
como alguém com treinamento 
formal em primeiros socorros, 
em cuidados de emergência/urgência 
ou em medicina, e que presta os primeiros socorros.

Resumo dos principais pontos de discussão e alterações
Os principais tópicos das Diretrizes da AHA/ARC 2010 para
Primeiros Socorros compreendem
• Administração de oxigênio suplementar
• Epinefrina e anafilaxia
• Administração de aspirina para desconforto torácico (novo)
• Torniquetes e controle de hemorragias
• Agentes hemostáticos (novo)
• Picadas de cobra
• Ferroadas de água-viva (novo)
• Emergências relacionadas ao calor

Os tópicos cobertos pelas Diretrizes 2010, mas sem novas
recomendações em relação a 2005, são o uso de inaladores
para dificuldades respiratórias, convulsões, ferimentos e
abrasões, queimaduras e bolhas, estabilização da coluna
vertebral, lesões musculoesqueléticas, lesões dentárias,
emergências relacionadas ao frio e emergências por
envenenamento.

Oxigênio suplementar
2010 (Sem alterações em relação a 2005): A
administração de rotina de oxigênio suplementar não é
recomendada como medida de primeiros socorros para falta
de ar e desconforto torácico.
2010 (Nova): A administração de oxigênio suplementar
deve ser considerada como parte dos primeiros socorros
a mergulhadores com lesão por descompressão.
Motivo: Como em 2005, não foi encontrada qualquer
evidência que corroborasse o benefício da administração de
oxigênio suplementar como medida de primeiros socorros
para vítimas com falta de ar ou desconforto torácico.
Foram encontradas evidências (nova em 2010) do possível
benefício de oxigênio suplementar para mergulhadores com
lesão por descompressão.

Epinefrina e anafilaxia
2010 (Nova): Nova em 2010 é a recomendação de que, se
persistirem os sintomas de anafilaxia apesar da administração
de epinefrina, os prestadores de primeiros socorros devem
procurar assistência médica antes de administrar uma segunda
dose de epinefrina.
2005 (Antiga): Como em 2005, as Diretrizes da AHA/ARC
2010 para Primeiros Socorros recomendam que os prestadoresde primeiros socorros aprendam os sinais e sintomas de anafilaxia e o uso correto de um injetor automático de
epinefrina para que possam ajudar a vítima.
Motivo: A epinefrina pode salvar a vida de uma vítima de
anafilaxia, mas aproximadamente 18% a 35% das vítimas
que apresentam sinais ou sintomas de anafilaxia podem
precisar de uma segunda dose de epinefrina. O diagnóstico
de anafilaxia pode ser desafiador, mesmo para profissionais,
e a administração excessiva de epinefrina pode produzir
complicações (por exemplo, agravamento de isquemia ou
arritmias miocárdicas) se ministrada a pacientes que não
têm anafilaxia (por exemplo, se ministrada a um paciente
com SCA). Portanto, o prestador de primeiros socorros é
incentivado a acionar o sistema de SME antes de administrar
uma segunda dose de epinefrina.

Administração de aspirina para desconforto torácico
2010 (Nova): Os prestadores de primeiros socorros são
incentivados a acionar o sistema de SME sempre que
estiverem diante de alguém com desconforto torácico.
Enquanto aguardam a chegada do SME, os prestadores de
primeiros socorros devem aconselhar o paciente a mastigar
uma aspirina adulta (sem revestimento entérico) ou duas
aspirinas infantis de dosagem mais baixa, se o paciente
não tiver histórico de alergia à aspirina ou de hemorragia
gastrointestinal recente.
Motivo: A aspirina é benéfica quando o desconforto torácico
se deve a uma SCA. Pode ser muito difícil, mesmo para
profissionais, determinar se o desconforto torácico é de origem
cardíaca. A administração de aspirina, portanto, nunca deve
retardar o acionamento do SME.



Torniquetes e controle de hemorragias
2010 (Sem alterações em relação a 2005): Devido aos
possíveis efeitos adversos de torniquetes e à dificuldade de
sua correta aplicação, seu uso para controlar hemorragias das
extremidades é indicado somente se a aplicação de pressão
direta não for eficaz ou possível e se o prestador de primeiro
socorros tiver treinamento no uso de torniquete.
Motivo: São várias as experiências com o uso de torniquetes
para controlar hemorragias em campos de batalha e não há
dúvida de que eles funcionam nas circunstâncias corretas e
com o treinamento adequado. No entanto, não existem dados
sobre o uso de torniquetes por prestadores de primeiros
socorros. Os efeitos adversos dos torniquetes, que podem
incluir isquemia e gangrena da extremidade, bem como
choque ou até mesmo a morte, parecem estar relacionados
à quantidade de tempo que permanecem aplicados e sua
eficácia é parcialmente dependente do tipo de torniquete.
Em geral, torniquetes especialmente projetados são melhores
do que os improvisados.

Agentes hemostáticos
2010 (Nova): O uso de rotina de agentes hemostáticos para
controlar hemorragia como medida de primeiros socorros não
é recomendado atualmente.
Motivo: Apesar do fato de diversos agentes hemostáticos
serem eficazes no controle de hemorragias, seu uso não
é recomendado como medida de primeiros socorros para
o controle de hemorragias devido a uma significativa
variabilidade na eficácia e no potencial de efeitos adversos,
inclusive destruição tecidual com indução de estado
pró-embólico e possível lesão térmica.

Picadas de cobra
2010 (Nova): A aplicação de uma atadura de imobilização por
pressão, com pressão entre 40 e 70 mmHg na extremidade
superior e 55 e 70 mmHg na extremidade inferior, em torno de
toda a extensão da extremidade picada, é uma maneira eficaz
e segura de retardar o fluxo linfático e, por conseguinte,
a disseminação do veneno.
2005 (Antiga): Em 2005, o uso de ataduras de imobilização
por pressão para retardar a disseminação da toxina era
recomendado apenas para vítimas de picadas de cobra
com veneno neurotóxico.
Motivo: A eficácia da imobilização por pressão está,
agora, demonstrada para picadas de outras cobras
venenosas americanas

Ferroadas de água-viva
2010 (Nova): Para inativar a carga de veneno e impedir
mais envenenamento, as ferroadas de água-viva devem ser
lavadas com vinagre abundante (solução de ácido acético
de 4 a 6%) tão logo possível e por, no mínimo, 30 segundos.
Após a remoção ou desativação dos nematocistos, a dor das
ferroadas de água-viva deverá ser tratada com imersão em
água quente, quando possível.
Motivo: Há duas ações necessárias para o tratamento
de ferroadas de água-viva: prevenir mais descarga de
nematocistos e aliviar a dor. Diversos tratamentos tópicos têm
sido usados, mas uma avaliação crítica da literatura mostra que
o vinagre é o mais eficaz para inativar os nematocistos.
Imersão em água, o mais quente que se puder tolerar, por cerca
de 20 minutos, é o tratamento mais eficaz para a dor.

Emergências relacionadas ao calor
2010 (Sem alterações em relação a 2005): Os primeiros
socorros para cãibras relacionadas com o calor compreendem
descansar, refrescar-se e beber uma mistura de carboidratos
e eletrólitos que pode incluir suco, leite ou alguma bebida
industrializada com carboidratos e eletrólitos em sua composição.
Alongar, fazer compressas de gelo e massagear os músculos
doloridos são ações que podem ser úteis. A exaustão devida
ao calor deve ser tratada com vigor fazendo com que a vítima
se deite em um local fresco, removendo-lhe o maior número
possível de peças de roupa, resfriando-a preferivelmente por
imersão em água fria e acionando o SME. A intermação/golpe
de calor requer cuidados de emergência/urgência por parte
dos prestadores de SME, incluindo tratamento com fluido
intravenoso. O prestador de primeiros socorros não deve tentar
forçar a vítima de intermação/golpe de calor a ingerir líquidos.
Motivo: As Diretrizes da AHA/ARC 2010 para Primeiros
Socorros dividiram as emergências relacionadas ao calor em
três categorias de gravidade crescente: cãibras devidas ao
calor, exaustão devida ao calor e, a mais grave, intermação/
golpe de calor. Os sinais de intermação/golpe de calor incluem
os de exaustão devida ao calor e sinais de acometimento
do sistema nervoso central. Em consequência disso,
a intermação/golpe de calor requer cuidados de emergência/
urgência, inclusive tratamento com fluido intravenoso


REFERÊNCIAS
1. Field JM, Hazinski MF, Sayre M, et al. Part 1: Executive Summary
of 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC. Circulation. No prelo.
2. Hazinski MF, Nolan JP, Billi JE, et al. Part 1: Executive Summary:
2010 International Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation
and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment
Recommendations. Circulation. No prelo.
3. Nolan JP, Hazinski MF, Billi JE, et al. Part 1: Executive Summary:
2010 International Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation
and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment
Recommendations. Resuscitation. No prelo.
4. Kouwenhoven WB, Jude JR, Knickerbocker GG. Closed-chest
cardiac massage. JAMA. 1960;173:1064-1067.
5. Kilgannon JH, Jones AE, Shapiro NI, et al. Association between
arterial hyperoxia following resuscitation from cardiac arrest and
in-hospital mortality. JAMA. 2010;303:2165-2171.
6. Surawicz B, Childers R, Deal BJ, et al. AHA/ACCF/HRS
Recommendations for the Standardization and Interpretation of the
Electrocardiogram, Part III: Intraventricular Conduction Disturbances.
Circulation. 2009;119:e235-e240

fonte: 
http://downloadacademico.blogspot.com/

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